Exatamente
a 13 de Janeiro de 1937 nascia o Museu Nacional de Belas Artes no Rio de
Janeiro por iniciativa do Ministro da Educação, Gustavo Capanema, abrindo suas
portas já no ano seguinte, após uma visita inaugural do então presidente
Getúlio Vargas.
O prédio
é o mesmo onde funcionava, até então, a Escola Nacional de Belas Artes, que
formou uma geração inovadora de arquitetos no alvorecer do século XX, incluindo
entre eles Oscar Niemeyer. As instalações ficam na Avenida Rio Branco, próximo
à Cinelândia. O prédio decorreu de projeto elaborado por Adolfo Morales de los
Rios, professor de arquitetura analítica, dentro de um estilo eclético,
construído na mesma época em que se construía o Teatro Municipal, próximo dali,
entre 1906 e 1908.
O
edifício foi elaborado no estilo fin-de-siècle e lembra certos palácios
renascentistas franceses. A fachada principal na Avenida Rio Branco é inspirada
na Renascença francesa, com frontões, colunatas e relevos em terracota
representando as grandes civilizações da antiguidade.
O
Museu já nasceu com o acervo da Escola Nacional de Belas Artes, então composto
por 54 peças trazidas para o Brasil pela Missão Artística Francesa que Dom João
VI chamou ao país em 1816. Desse primeiro acervo constam obras valiosíssimas,
assinadas por Debret, Taunay e muitos outros. Passadas para a Escola Nacional
de Belas Artes num primeiro momento, tornaram-se peças inicias do acervo do
MNBA em seguida ao qual se juntaram nos anos subsequentes cerca de 16 mil peças
de arte, constituindo hoje, sem sombra de dúvida o principal patrimônio reunido
de obras artísticas no Brasil. compõe esse acervo
obras de Pintura, Escultura, Desenho e Gravura brasileira e estrangeira dos
séculos anteriores até a contemporaneidade, além de reunir um segmento
significativo de Arte Decorativa, Mobiliário, Gliptíca, Medalhística, Arte
Popular e um conjunto de peças de Arte Africana.
Curiosamente,
uma das principais obras deste acervo, que ali se encontra desde a construção
do prédio, ou seja, há pouco mais de um século, é vista e admirada por todos os
visitantes diariamente, mas não consta do catálogo do Museu. Trata-se do piso
em mosaico, vindo de ateliê parisiense.
Do
lado de fora do Museu, há grandes medalhões distribuídos nas fachadas laterais,
retratando os nomes da antiguidade que de uma forma ou de outra contribuíram
para o desenvolvimento das artes em geral, incluindo-se entre muitos Leonardo
da Vinci e Vitruvius.
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