O Dia foi lançado em 5 de junho de 1951,
pelo então Deputado Chagas Freitas, que mais tarde foi Governador dos estados
da Guanabara e do Rio de Janeiro. Em 1983, o jornal foi comprado pelo
jornalista e empresário Ary Carvalho.
Atualmente o jornal é um produto do Grupo O Dia de
Comunicação, sob a direção de Gigi Carvalho, do qual fazem parte o jornal Meia Hora, o
portal O Dia Online, a TV O Dia, a rádio FM O Dia, uma agência de notícias e o
Instituto Ary Carvalho. A administração de um jornal moderno envolve
três áreas distintas, cada uma com sua própria cultura organizacional. A
primeira é a redação, que é responsável pela coleta e análise de informações e
notícias, formatação do conteúdo e diagramação das páginas. O segundo é o processo
industrial de fabricação do jornal, que envolve equipamentos gráficos de grande
porte, onde o jornal é fisicamente fabricado e embalado para distribuição. A
terceira área envolvida é a comercial e de marketing, responsável tanto pela
venda do jornal aos leitores como pela comercialização dos espaços para
publicidade.
Redação
O jornal começa na redação. Lá é determinado o seu conteúdo,
através das informações coletadas
pelos repórteres, bem como a ênfase com que cada notícia será apresentada. Devido a natureza desse trabalho de
criação, sem formalismo nem estrutura definida, onde a matéria prima é a informação, os jornalistas de redação
normalmente têm uma cultura distinta
do resto da empresa, o que torna o
gerenciamento da redação uma arte.
Impressão
O setor de impressão é o coração e o papel o sangue de um
jornal. Os equipamentos de impressão de grande porte que utilizam papel em
enormes bobinas de até 1.5m de largura e 1.300 kg de peso, são chamadas de
rotativas.
A compra dos equipamentos de impressão é o maior
investimento de capital que um jornal faz. A escolha do equipamento depende da
sua velocidade, confiabilidade, qualidade de impressão, versatilidade, grau de
customização, facilidade de manutenção, capacidade de controle e prazo de entrega.
A confiabilidade é um fator particularmente importante porque jornais tem
prazos rígidos para serem impressos, e o equipamento tem que estar disponível
para operar sempre que necessário.
Existem atualmente duas tecnologias de impressão. A
tecnologia de letterpress usa um negativo em relevo para transferir a imagem
para o papel, enquanto o offset é um processo químico, onde a chapa não entra em
contato direto com o papel: a imagem é passada primeiro para um rolo
intermediário de borracha que então o transfere para o papel. A tecnologia
de offset oferece melhor qualidade de
impressão, maior velocidade e menor custo que a
letterpress.
Uma série de outros avanços tem marcado a evolução desses
equipamento nos últimos anos. Uma foi a capacidade de imprimir a cores. Outro
foi a substituição dos controles mecânicos pelos controles eletrônicos, como
por exemplo, o uso de scanners computadorizados para fazer a leitura prévia da
imagem e dosar automaticamente a quantidade de tinta necessária.
Comercialização
O setor comercial é o responsável pela receita de um jornal.
Essa receita tem duas origens distintas: a venda do produto e a prestação de
serviços de veiculação de publicidade. A receita de venda do jornal depende
diretamente do seu preço e da sua circulação total.
A prestação de serviços envolve a venda de anúncios
classificados, que são os anúncios publicados em cadernos à parte dos cadernos
de noticiário, e dos anúncios publicitários publicados nos cadernos de
notícias, que são chamados de anúncios de noticiário, ou simplesmente, noticiário.
O Papel
A importância do papel de imprensa para uma empresa
jornalística não pode ser subestimada, pois é um insumo que representa de 30% a
50% do custo total do jornal.
Devido a sua importância estratégica, alto custo e o vulto
dos valores envolvidos, as compras de papel são feitas pelo mais alto escalão
da empresa, quando não pelo próprio dono do jornal.
A maior parte do papel de imprensa consumido no Brasil é
importado, pois a produção nacional, em torno de 260.000 ton/ano, é inferior ao
consumo de aproximadamente 600.000 toneladas anuais. Além disso, há uma
significativa diferença de qualidade que faz com que o papel importado,
composto de fibras longas que lhe aumentam a resistência, seja mais adequado
para suportar os esforços a que é submetido durante a impressão em alta
velocidade das rotativas modernas. O
papel nacional, de fibras curtas, quebra e rasga com mais facilidade durante a
impressão, causando uma perda que pode chegar a 5% em um ano. Os principais fabricantes
de papel de imprensa no Brasil são a Papel de Imprensa S.A - PISA, e a Klabin.
Características do
produto
O jornal tem a função de proporcionar aos seus leitores a
informação, serviços e entretenimento a preços módicos. Nos dias de semana, o
jornal deve mais objetivo e direto, fornecendo a informação desejada de forma
simples, pois o tempo que o leitor dispõe é mais escasso. No domingo, no
entanto, com mais tempo disponível para leitura, o jornal pode oferecer
análises dos temas de interesse, entrevistas com personagens de relevo, e
matérias mais elaboradas que levem o leitor a reflexão, além de oferecer uma carga
maior de entretenimento.